Mais de 80% dos municípios oferecem práticas integrativas e complementares em saúde no SUS

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Um dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) é a integralidade. Com o objetivo de potencializá-la, ampliando as abordagens terapêuticas de cuidado, no dia 3 de maio de 2006, foi instituída a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC) – que hoje completa 18 anos. Em 2023, essas práticas, conhecidas como PICS, foram ofertadas na rede pública para 7,1 milhões de brasileiros em 4.640 municípios (83% do total).

“As PICS atuam na prevenção, promoção e recuperação da saúde, fortalecendo os vínculos terapêuticos e com um olhar sensível para o cuidado continuado, integral e humanizado”, explica o coordenador da PNPIC no Ministério da Saúde, Paulo Rocha.

Entre as 29 práticas integrativas presentes na política estão: yoga, aromaterapia, biodança, arteterapia, plantas medicinais e fitoterapia, medicina tradicional chinesa e acupuntura, reflexoterapia, terapia de florais, musicoterapia e shantala.

Paulo ressalta que as PICS não visam substituir tratamentos convencionais, mas promover uma integração com essas abordagens, potencializando as respostas terapêuticas, além disponibilizar aos usuários da rede diversas opções não farmacológicas de cuidado, de acordo com as premissas do SUS.

“Elas ainda estimulam  importantes reflexões sobre o modelo de cuidado, o despertar para o autocuidado e a valorização dos saberes tradicionais, aliados às evidências científicas disponíveis, tanto em usuários quanto nos profissionais da rede”, diz o coordenador.

Dados

Segundo os sistemas de informações da pasta, em 2023, as PICS foram oferecidas em 18,9 mil estabelecimentos do SUS (39% do total) e por 21,4 mil equipes de saúde. Foram 5,7 milhões de atividades individuais e coletivas, sendo a maior parte (95%) realizada na atenção primária e o restante em unidades de média e alta complexidade.

Cursos

Para gestores, profissionais de saúde e usuários em geral que desejam aprender mais sobre PICS, como integrá-las em seu cotidiano de cuidado e como inseri-las no seu município, o Ministério da Saúde oferta, até o momento, oito cursos introdutórios:

  • Antroposofia Aplicada à Saúde;
  • Medicina Tradicional Chinesa;
  • Práticas Corporais e Mentais da Medicina Tradicional;
  • Yoga;
  • Aromaterapia;
  • Uso de Plantas Medicinais e Fitoterápicos para Agentes Comunitários de Saúde;
  • Gestão de Práticas Integrativas e Complementares;
  • Curso de Qualificação em Plantas Medicinais e Fitoterápicos na Atenção Básica – Módulo I.

São cursos introdutórios na modalidade online, autoinstrucionais, sem limite de vagas, e estão disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem do SUS (AvaSUS). “Ao longo de 2024, novos cursos serão lançados, a fim de qualificar a oferta nos serviços públicos”, informa  Rocha.

 

Com informações da Ministério da Saúde

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