Com a inclusão de 2,2 milhões de novas famílias de julho para agosto, o Auxílio Brasil chegou ao maior patamar de beneficiários da história dos programas de transferência de renda do Governo Federal. São 20,2 milhões de famílias atendidas com o mínimo de R$ 600. O início dos pagamentos será na terça, 9.08, para quem tem Número de Identificação Social (NIS) com final 1 (confira o calendário abaixo).
Nesse universo de 20,2 milhões de famílias, 82,5% dos lares têm como responsável familiar uma mulher. São 16,6 milhões com esse perfil, contra 3,5 milhões em que o responsável é do sexo masculino.
Na divisão por regiões, a Centro-Oeste é a que conta com o maior percentual de famílias em que a responsável é mulher. São 923 mil num total de 1,05 milhão, ou 87%. Goiás é o estado que puxa o percentual mais para cima. Lá, são 88,9% das famílias com responsável do sexo feminino, ou 417 mil de um total de 469 mil. É o maior percentual registrado no país. Em seguida aparecem Mato Grosso do Sul e Mato Grosso (86%) e o Distrito Federal (85,8%).
No Sul, o total é de 1,1 milhão de famílias com representante mulher em um universo de 1,34 milhão (84%). A divisão estadual é homogênea, com 85% dos lares com responsável mulher em Santa Catarina, 84% no Paraná e 83% no Rio Grande do Sul.
Na sequência aparece o Norte. Lá, há 2,41 milhões de beneficiários, e em 2,03 milhões dos casos a responsável familiar é do sexo feminino (83%). O estado em que a representatividade feminina é proporcionalmente maior é Rondônia, com 88,7%.
Já no Sudeste, 82% das 5,9 milhões de famílias contempladas têm mulheres como representante familiar, um total de 4,93 milhões. O maior percentual está no Espírito Santo, em que 85% dos beneficiários estão em lares com representante do sexo feminino.
Região com o maior número de beneficiários no programa de transferência de renda do Ministério da Cidadania, o Nordeste tem 9,42 milhões de contemplados, e 7,6 milhões são do sexo feminino (80%). Dos nove estados da região, aqueles em que o percentual de mulheres como responsáveis familiares é maior está em Alagoas, Ceará e Maranhão, todos com 83%.
Patamares inéditos
A inclusão de mais de 2,2 milhões de famílias de julho para agosto garantiu atendimento pleno de todas as famílias que apresentavam, no Cadastro Único, perfil para serem contempladas. Levando em conta o histórico do Auxílio Brasil, implementado em novembro de 2021, são mais de 7,1 milhões de famílias adicionadas ao longo dos últimos dez meses, um patamar inédito.
O investimento total do Ministério da Cidadania para o pagamento do Auxílio Brasil em agosto de 2022 é superior a R$ R$ 12,1 bilhões. O valor médio é de R$ 607,88. Além do benefício principal, há benefícios complementares pagos de acordo com os perfis das famílias, como o Auxílio Esporte Escolar, a Bolsa de Iniciação Científica Júnior e o Auxílio Inclusão Produtiva Rural.
Os R$ 600 levam em conta o valor mínimo pago por família, de R$ 400 habituais do programa do Ministério da Cidadania, e o valor complementar de R$ 200, que será pago até dezembro de 2022 a partir da aprovação de Emenda Constitucional pelo Congresso Nacional.
O programa
O Auxílio Brasil é voltado a famílias em situação de vulnerabilidade econômica e social. Para serem habilitadas, elas precisam atender critérios de elegibilidade, como apresentar renda per capita classificada como situação de pobreza ou de extrema pobreza, ter os dados atualizados no Cadastro Único nos últimos 24 meses e não ter informações divergentes entre as declaradas no cadastro e as de outras bases de dados federais.
A seleção é feita de forma automática, considerando a estimativa de pobreza, a quantidade de famílias atendidas em cada município e o limite orçamentário anual do Auxílio Brasil.
Com informações do Ministério da Cidadania
Foto: Reprodução – Helano Stuckert/ Min. Cidadania