IBGE divulga dados sobre favelas e comunidades urbanas; CNM destaca desafios dos Municípios em relação à moradia digna

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Na última sexta-feira, 8 de novembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados inéditos do Censo de 2022 sobre favelas e comunidades urbanas. O termo “favelas e comunidades urbanas” volto

u a ser utilizado após 50 anos, substituindo o termo “aglomerados subnormais” que estava em uso até então. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) ressalta os desafios enfrentados pelos gestores municipais para garantir moradia adequada à população, especialmente àquelas que vivem em favelas e comunidades urbanas.

A área de Planejamento Territorial e Habitação da CNM avalia que o aprimoramento das metodologias de coleta de informações sobre esses territórios é fundamental para a formulação de políticas públicas mais adequadas. Para a CNM, esse processo auxilia a gestão municipal no monitoramento e na estruturação de programas de urbanização, visando a redução de riscos de desastres e a melhoria da qualidade de vida e do acesso a serviços essenciais. A entidade reforça ainda a necessidade de programas de desenvolvimento urbano integrados ao acesso à moradia formulados pelos governos estaduais e federal.

De acordo com o IBGE, foram identificadas 12.348 favelas e comunidades urbanas, com uma população superior a 16 milhões de pessoas, o que corresponde a 8,1% da população total do país, distribuídas em 5,6 milhões de domicílios. A grande maioria desses domicílios são casas, representando 93,3% das habitações, uma proporção superior à média nacional. Em comparação ao Censo de 2010, havia 6.329 favelas e comunidades urbanas, com uma população de mais de 11 milhões de pessoas, o que representava 6% da população brasileira.

As quatro maiores favelas do país estão localizadas nos municípios do Rio de Janeiro, Distrito Federal, São Paulo e Manaus, respectivamente. A Rocinha, no Rio de Janeiro (RJ), é a maior favela, com 72 mil moradores, seguida por Sol Nascente, em Brasília (DF), com 70 mil; Paraisópolis, em São Paulo (SP), com 58 mil; e Cidade de Deus/Alfredo Nascimento, em Manaus (AM), com 55 mil habitantes.

Ao comparar as 20 favelas e comunidades urbanas mais populosas do Brasil, o IBGE identificou que oito estão na Região Norte, sendo seis delas no município de Manaus (AM). Outras sete estão no Sudeste, quatro no Nordeste e apenas uma no Centro-Oeste. A Região Sul não possui nenhuma favela entre as 20 mais populosas do país. Os Estados com as maiores proporções de sua população residindo em favelas e comunidades urbanas são Amazonas, 34,7%, Amapá ,24,4% e Pará 18,8%.

Com informações da CNM

foto: pensar Piauí

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